Você já ouviu falar de silogismo filosófico, né? O penso, logo existo, de Descartes, é um exemplo de silogismo.
Outro exemplo: Todos os homens são mortais, eu sou um homem, logo, sou mortal.
Porém, quando se usa o processo de forma equivocada ou mal intencionada passa a ser considerado como um sofisma.
Exemplo: Todos os homens são mortais, eu sou mortal, logo, eu sou um homem. Esse é um silogismo falso, porque nem só os homens são mortais.
É preciso tomar bastante cuidado, porque muitos argumentos podem ser considerados verdadeiros, quando na verdade escondem um sofisma.
Eu já vi em vários carros um adesivo que diz: Deus é fiel. Vou tomar isso como exemplo: Deus é fiel. A torcida da Corinthians é fiel. Logo, Deus é corintiano. Está certo que tem certas ocasiões em que o Timão não perde, porque Deus dá uma mãozinha, mas isso não confirma o silogismo.
Temos outros exemplos de sofismas.
Deus ajuda quem cedo madruga. Quem cedo madruga, dorme à tarde. Quem dorme à tarde, não dorme à noite. Quem não dorme à noite, sai na balada. Logo, Deus ajuda quem sai na balada!
Mais um: Deus é amor. O amor é cego. Steve Wonder é cego. Logo, Steve Wonder é Deus.
E dentro do mesmo raciocínio: Já me disseram que eu sou um ninguém. Ninguém é perfeito. Logo, eu sou perfeito. Mas se só Deus é perfeito. Logo, eu sou Deus. Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder! Meu Deus, então eu sou cego!
Ainda têm outros: Hoje em dia, quem trabalha não têm tempo pra nada. Já os vagabundos têm todo o tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Logo, os vagabundos têm mais dinheiro do que os trabalhadores. Está certo que, num país como o nosso, muitas vezes, isso é verdade.
Mas vamos continuar: Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos. Quanto mais queijo, mais buracos. Cada buraco ocupa o lugar em que deveria haver queijo. Assim, quanto mais buracos, menos queijo. Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo. Logo, quanto mais queijo, menos queijo.
Pra combinar com o queijo, vamos a este: Existem biscoitos feitos de água e sal. O mar é feito de água e sal. Logo, o mar é um biscoitão.
Vamos voltar ao famoso silogismo do filósofo francês Renné Descartes: Penso, logo existo. Loiras burras não pensam, logo, loiras burras não existem.
E dentro da mesma linha: Meu amigo garante que não é bicha, porque namora uma loira inteligente. Se uma loira inteligente namorasse meu amigo ela seria burra. Como loiras burras não existem, meu amigo não namora ninguém. Logo, meu amigo é bicha mesmo.
E para ajudar àqueles que são chegados num goró temos um perfeito: Quando bebemos, ficamos bêbados. Quando estamos bêbados, dormimos. Quando dormimos, não cometemos pecados. Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu. Logo, vamos beber para ir pro Céu!
Entendeu o que é sofisma?
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