Eu sei que você sabe que o termo “balzaquiana” se refere às mulheres na faixa dos 30 anos. Mas como pode ter gente que não sabe e como eu quero mostrar que sei um pouco, vou escrever sobre isso.
O termo vem do nome do romancista francês Honoré de Balzac (Tours, 20 de maio de 1799 – Paris, 18 de agosto de 1850). Na sua “Comédia Humana”, em “Cenas da Vida Privada” e “Cenas da Vida de Província” está “A Mulher de Trinta Anos”.
Segundo o escritor: “Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distancia incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer”.
Há 150 anos,quando a mulher normalmente se casava aos 15 anos, nosso prezado Honoré poderia ter razão. Mas hoje, em pleno século XXI, acho que está na hora de Balzac sair de cena “à francesa”.
A mulher ideal de hoje, com raras exceções, está na faixa etária entre 40 e 50 anos, ou mais. Acho que poderíamos chamar esta mulher de “Pratiana” numa alusão ao escritor brasileiro Mário Prata que disse, entre outras coisas:
“As mulheres de 40/50 ou mais têm várias vantagens. A primeira é que já tiveram os filhos que tinham de ter e a gente não precisa se preocupar com a possibilidade de elas quererem mais um, justamente com a gente, que não está mais a fim de trocar fralda, ir à reunião de pais e filhos e vigiar a maconha da adolescência. Esta parte elas já resolveram. Outra vantagem é que elas sabem que Cinema Novo não é aquele cineminha que inauguraram outro dia no shopping. Cantam as músicas dos Beatles com a gente e também não sabem muito bem quem são Oasis. Lembram até da Copa de 70, no México, e algumas delas chegaram a ver o Pelé jogar. Sexualmente sabem tudo. E como! Aquele negócio de ter orgasmo assim ou assado (assado é péssimo) elas já resolveram há mais de uma década. As mulheres de 40/50 ou mais há muito tempo deixaram de se preocupar com o tamanho da “geringonça” do homem (por isso pode deletar aquele e-mail que promete aumentar o seu). Com elas é menos preliminar e mais ação. A mulher de 40/50 ou mais vai direto ao assunto. Elas já perceberam que podem comer, e não apenas dar. E a gente dá, com prazer. Enfim, a mulher de 40/50 ou mais sabe tudo e não está nem aí”.
Só uma coisa me incomoda em tudo isso: se Mário Prata escreve coisas assim, como pode ter escrito aquela merda de novela “Bang-Bang” da Rede Globo?
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