quinta-feira, 9 de junho de 2011

Laranja madura na beira da estrada...


Como eu já estava no desvio já há bastante tempo, meu amigo Olavo me convidou para sair. Acontece que ele levaria a noiva também e eu achei muito constrangedor. Olavo ligou para a noiva e ela disse que levaria uma prima que era gente boa e que estava livre. Eu novamente recusei e o Olavo quis saber por que. Então eu expliquei:
_ Véio, se a prima da sua noiva é gente boa e está livre, só posso concluir que ela deve ser feia pra dedéu. Porque mulher bonita e de gênio bom sempre tem dono, além de uma fila de espera maior do que para transplante de rim.
O Olavo achou graça e disse que eu estava enganado, porque ele conhecia a prima da sua noiva e garantiu que ela era um coroa de parar o trânsito. Eu resolvi acreditar no meu amigo e aceitei ao convite.
Na hora marcada, eu cheguei ao barzinho combinado. O Olavo já estava lá com a noiva, tomando um chopinho e beliscado um petisco.
Aproximei-me, fui apresentado à Claudete, que garantiu que a Sofia não deveria demorar. Sentei junto com eles e comecei a me sentir um verdadeiro candelabro segurando vela.
Passados alguns minutos, Claudete olhou para a porta de entrada, sorriu e acenou dizendo:
_ Pronto, a Sofia já chegou!
Eu resolvi nem olhar para trás e esperar que minha companhia se aproximasse.
Assim que ela chegou, Claudete levantou-se para dar os costumeiros beijinhos. Eu me levantei e olhei para Sofia. Não consegui disfarçar minha surpresa; ela era realmente muito bonita e com um corpão de fazer inveja a muitas mulheres bem mais jovens.
Ela se acomodou e eu não pude deixar de pensar qual seria o problema dela, porque uma mulherona daquela sozinha não tinha explicação.
Começamos conversar e outra surpresa: Sofia era um bom papo, inteligente e demonstrava ter informação e cultura geral invejáveis. E na minha cabeça continuava martelando a pergunta: onde está a falha?
Depois de algumas horas, Olavo disse que ia levar Claudete pra casa e pediu que eu desse uma carona para Sofia, o que ficou mais do que claro que era para dar mais um empurrãozinho.
Já no meu carro, perguntei se ela não queria dar um esticadinha antes de ir pra casa e ela concordou na hora. Enquanto buscávamos um lugar eu fui falando que estava sozinho já há muito tempo e necessitando de uma companhia feminina. Ela deu um sorriso e disse:
_ Principalmente companhia na cama, né?
Eu concordei e ela quis saber qual o tipo ideal de mulher pra mim. Eu, na hora, fiz uma descrição onde ela se encaixava como uma luva.
Na hora, Sofia disse:
_ Então vamos num barzinho que eu conheço, lá tem todo tipo de mulher e, com certeza, vamos encontrar uma pra você e outra pra mim!
Elementar, meu caro Watson! Desvendado todo o mistério.

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