terça-feira, 21 de junho de 2011

A esposa perfeita


Ao ouvir as reclamações dos amigos em relação às suas respectivas esposas, Clodoaldo descobriu que havia se casado com a mulher perfeita. E fez questão de deixar isso bem claro na mesa do boteco.
_ Pra vocês terem uma idéia de como é a minha mulherzinha, quando vai chegando o aniversário dela, é comum ela dizer: “Pra que presente, meu amor. Uma noite de um sexo bem gostoso é mais que suficiente”.
O Olavo fez cara de quem não estava acreditando e Clodoaldo continuou:
_ Sábado passado, por exemplo, ela tinha marcado manicure, mas ao abrir a geladeira comentou: “Não tem mais cerveja na geladeira. Vou dar um pulinho até o supermercado, se a manicure chegar pede pra ela esperar. Se ela não puder, diga que eu marco para outro dia”.
Ao ver as caras de espanto da turma, Clodoaldo continuou contado:
_ Quarta-feira à noite ela me falou: “Tira da novela, muda para outro canal que está passando um jogão”. No ano passado eu esqueci o aniversário do nosso casamento e ela me abraçou dizendo: “Eu entendo amor, era final do campeonato e é claro que você não poderia perder”.
O Xandão ainda meio descrente comentou:
_ Tudo bem, mas em matéria de sexo, como é?
Clodoaldo fez aquele ar de superioridade e disse:
_ Outra noite, na hora do “rala e rola” ela disse: “Vamos aproveitar bastante hoje, porque eu acho que amanhã vou entrar “naqueles dias”. E quer mais? Minha sogra estava querendo passar o fim de semana com a gente, ela descartou e depois explicou: “Não quero que minha mãe passe o domingo aqui, porque ela tira toda nossa liberdade pra fazer o que mais gostamos”!
O pessoal já estava ficando convencido de que Clodoaldo tinha mesmo tirado a sorte grande, mas ele continuou contando as virtudes de sua esposa:
_ A coisa mais comum e ela dizer: “Eu acho que a gente deveria discutir menos nossa relação, que é perfeita, e gastar mais nosso tempo fazendo sexo”!
E quando a inveja de todos estava mais do que evidente em seus olhos, Clodoaldo deu o golpe de misericórdia:
_ Pra definir, de uma vez por todas, a maravilha de mulher com quem me casei, ela vive dizendo: “Não vou negar que dói um pouco, mas sempre que você quiser”...
Foi nessa hora que ele ouviu a voz da mulher chamando:
_ Clodô, acorda, preguiçoso! Não quero nem saber se hoje é domingo, levanta que eu quero arrumar a cama! Minha mãe vai chegar e eu não vou ficar correndo atrás de serviço de casa. Vai, vai logo!

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