Depois do enorme sucesso que a peça de teatro “Monólogos da Vagina” fez e, em seguida, o “Diálogo do Pênis”, eu resolvi também escrever uma.
Para isso, decidi dar uma de José Serra que, quando era ministro da Saúde, pegava a fórmula, mudava a embalagem e chamava de genérico, ou de Silvio Santos que sempre meteu a mão descaradamente, sem respeitar os direitos de ninguém.
Assim sendo, eu vou escrever uma peça genérica intitulada “Bate-papo do Cacete”.
A peça terá apenas dois personagens: Bráulio Carvalho e o Paulo Bilau.
Bráulio é tímido e bem franzino. Bilau é bastante extrovertido e sarado.
Os dois se encontram na esquina da Rua da Cueca com Avenida Ceroula e começa o bate-papo.
Bilau: _ E daí, Bráulio, firme?
Bráulio: _ Que firme nada! Estou pra baixo, cara!
Bilau: _ E por que, meu? O quê que tá pegando?
Bráulio: _ O problema é esse mesmo, não tô pegando nada!
Bilau: _ Qual é, rapá, está perdendo o jeito?
Bráulio: _ Sei lá, eu acho que é esse negócio da gente ter que usar “capa de chuva” toda vez que vai sair, ou melhor, entrar!
Bilau: _ Eu sei que incomoda, mas não tem outro jeito, cara, tem que usar mesmo!
Bráulio: _ Pois é, mas eu me atrapalho toda vez que tenho que vestir a tal capa e com isso perco o pique, sabe como é!
Bilau: _ Pô, brother, você ainda não ouviu falar da tal pílula azul? Pois então! Quem sabe ela ajuda!
Bráulio: _ Mas será que não faz mal?
Bilau: _ Bom, no seu caso eu acho que você deve tomar só metade!
Bráulio: _ Por quê?
Bilau: _ Devido ao seu tamanho! Uma pílula inteira pode ocasionar overdose! Eh! Eh! Eh!
Bráulio: _ Vai gozando, vai!
Bilau: _ O problema é este mesmo, brother! Eu estou gozando, você é que não está! Ah! Ah! Ah! Aliás, você já deve saber bem qual a diferença entre preocupação e desespero, né?
Bráulio: _ Como assim?
Bilau: _ Preocupação é o que se sente quando, pela primeira vez, não consegue dar a segunda e desespero é quando, pela segunda vez, não consegue dar a primeira!
Bráulio: _ Pô, cara, você é um saco, hein!
Bilau: _ Sou não, ele é só meu vizinho! Ah! Ah! Ah!
Bráulio: _ Quer saber, depois dessa eu estou indo!
Bilau: _ Falou, compadre, vai indo, porque eu estou sempre indo e vindo... indo e vindo... indo e vindo!
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