quarta-feira, 20 de julho de 2011

Jesus com jeitinho brasileiro


Então, eu fiquei imaginando como seria se Jesus tivesse sido brasileiro.
Influenciado pelos usos e costumes de nosso povo algumas coisas teriam sido diferentes, não é?
Por exemplo, Jesus não teria doze apóstolos, mas, pelo menos uns quarenta. Mas, não seriam chamados de apóstolos e sim de assessores. E também, com certeza, entre eles teriam alguns parentes de Maria Madalena, algum sobrinho de Lázaro ou um filho de José de Arimatéia.
Quando fosse perguntado sobre a moeda que tinha a esfinge de César, Ele também diria:
_ Daí a César o que é de César!
Mas, logo em seguida, um dos assessores aproveitaria um momento de distração do Mestre para dizer:
_ Porém, não esqueça nossos 20%, tá?
Na passagem da mulher adultera, quando Jesus dissesse “quem estiver livre de pecado que atire a primeira pedra”, uma enorme acertaria a cabeça da coitada tendo, sido lançada por um petista fanático, porque parece que eles realmente ainda acreditam nisso!
Os milagres teriam acontecido em muito maior número, porque, sendo Ele de um país onde um simples cidadão já faz um milagre por dia para poder sobreviver, imagine então o Mestre!
E falando em milagres, assim que Jesus realizasse o da multiplicação dos peixes, já viria alguém do Greenpeace ou de outra organização semelhante para ver se não eram peixes transgênicos e tentar proibir o seu consumo. Sem contar o IBAMA que exigiria que Jesus mostrasse sua licença de pesca.
Nem posso imaginar o que aconteceria se fosse à época da piracema.
Assim que transformasse água em vinho, alguns donos de postos procurariam por Ele, perguntado se Jesus poderia transformar água em álcool hidratado em 100%, porque numa proporção de 50%, eles mesmos já seriam capazes.
Na ceia, não teríamos pão e vinho, mas picanha e cerveja. E ela seria realizada em alguma chácara com piscina.
Outra coisa que seria diferente: o julgamento.
Não seria sumário como foi, com um Pilatos lavando as mãos. Demoraria anos e anos, passando de instância a instância, com muitos Pilatos “molhando” as mãos.
A crucificação não aconteceria numa Sexta-Feira Santa, porque, sendo feriado, ninguém trabalharia naquele dia. E quando ela acontecesse, teríamos apenas uma cruz sobre o monte, porque os verdadeiros ladrões no Brasil nunca são condenados.
A Globo teria exclusividade na transmissão do evento, com narração de Galvão Bueno e comentários do convidado especial, Padre Marcelo Rossi.
Você pode até estar achando que isso é uma heresia e, então, eu pergunto: Existe heresia maior do que a afirmação de que Deus é brasileiro, sendo o nosso país injusto como é?

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