“O Brasil não é um país sério”. Quem disse esta frase foi Carlos Alves de Souza, embaixador brasileiro em Paris, em 1962 e não Charles De Gaulle, como muita gente ainda acredita. Uma frase dita da forma certa e na hora certa pode ficar marcada para sempre, mesmo que pouca gente se lembre de quem realmente a pronunciou. “Certos políticos brasileiros confundem a vida pública com a privada”. Apesar do Faustão viver repetindo essa frase (aliás, ele é um plágio de si mesmo) ela não foi criada por ele e sim por Apparício Torelli, o Barão do Itararé. “Trate bem a terra. Ela não foi doada a você pelos seus pais. Ela foi emprestada a você pelos seus filhos”. Muita gente acha que esta frase foi criada por algum militante do Greenpeace ou de alguma outra organização ecológica, mas, por incrível que possa parecer, é um provérbio muito antigo do Quênia. Sabe o Quênia? Aquele país “selvagem” e “subdesenvolvido”? Pois é. E falando em subdesenvolvimento tem um dito popular que merece uma boa reflexão de muita gente “boa”: “Não existe país subdesenvolvido. Existe país sub-administrado”. Outra frase que talvez você não conheça, mas que cabe direito nesses tempos de CPIs que não conseguem provar nada, foi criada pelo astrônomo americano, Carl Seagan: “A ausência da evidência não significa evidência da ausência”. Mas para se construir uma frase inteligente e que defina uma grande verdade não é preciso ser nenhum grande pensador ou intelectual. Quer um exemplo? José Maria de Jesus, um bóia fria, disse com muita propriedade, há algum tempo: “Quando o emprego vira um luxo, o salário fica um lixo”. E pra terminar, sempre vale à pena lembrar o que disse Ruy Barbosa no começo do século passado: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Se ele já via assim há quase um século, imagine o que diria hoje!
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