segunda-feira, 23 de maio de 2011

“Energia” sexual


Certa vez, eu vi na TV, uma sexóloga sergipana falando sobre o orgasmo feminino (essa reação endócrina que não permite nunca a gente saber se aconteceu mesmo ou se foi simulado). A referida orgasmóloga (acabei de criar uma especialidade dentro da área), entre outras coisas falou de uma pesquisa científica, realizada nos Estados Unidos, que conseguiu medir a descarga elétrica da vagina na hora do orgasmo. Segundo os estudiosos, na hora do “ai que eu morro”, a latejante parte feminina dispara, em média, uma carga de 250 mil micro volts. Sem trocadilho, pra mim foi um choque! Ou seja, se durante uma boa suruba, a gente pudesse canalizar os orgasmos simultâneos de cinco “perseguidas”, a energia produzida seria capaz acender uma lâmpada! E, a partir daí, é fácil concluir que, se juntarmos umas doze pelo mesmo processo, poderíamos dar a partida num carro popular com a bateria arriada! Não sei se é verdade, mas depois dessa revelação, dizem que tem um grupo de mulheres se organizando para montar uma empresa especializada em carregar bateria de telefone celular. Como a tal sexóloga disse que a carga de 250 mil micro volts é uma média, podemos concluir que existem mulheres capazes de disparar uma carga bem mais forte. E se elas forem multiorgasmáticas então? Acho que está aí uma boa forma para o Ministério de Minas e Energia resolver os problemas dos “apagões” de uma vez! Também com base nesta pesquisa, eu fiquei sabendo que tem uma empresa que fabrica camisinhas, pensando em trocar o látex por borracha para evitar possíveis acidentes. Já foi criado até um slogan para o novo produto: “Camisinhas Isolantex: pra você que quer molhar, mas não queimar, o biscoito”. Já existe também um movimento de Defesa dos Consumidores exigindo que sejam adotados novos critérios (no caso, eu acho que seriam clitórios) de controle. Como primeira reivindicação, que seja obrigatório a adição de uma plaquinha indicando se a “perereca” é 110 ou 220 volts. Eu fico imaginando, de manhã cedo, o marido, atrasado para o trabalho, gritando da cozinha: “Querida, corre aqui porque a torradeira não está funcionando!”. Ou o filho se queixando para o pai: “Paiê, a bateria do meu carrinho de controle remoto pifou!” E o pai: “Isso não é comigo, fale com sua mãe”! E o espermatozóide da frente gritando para os outros: “Esperem! Esperem! Ainda não! Ainda não! Vamos esperar ela desligar a cerca eletrificada”! Eu vou ainda mais longe; a mulher recém casada procura um ginecologista e diz que não consegue ter um orgasmo e o médico: “Isso foge da minha área, minha senhora, mas eu vou indicar um eletricista de confiança pra senhora”! E quando ela chamar o tal eletricista e receber a explicação: “Olha Dona, no seu caso, o problema é com a rebimboca e não com a parafuseta. Acho que vai ser necessário trocar a fiação do ponto G, mas eu vou precisar levar o seu equipamento pra minha oficina para analisar melhor e fazer um serviço bem feito”! Acredito que exista um grande número de mulheres muito preocupadas, porque sabem que, não demora, vai aparecer um aparelhinho, made in Taiwan, para o marido medir a descarga elétrica do orgasmo da esposa. Aí a coisa vai complicar, porque elas não vão ter mais como fingir e sabem que dizer que os fusíveis estão queimados, não vai colar. E no boteco os maridos contando vantagem: “Minha mulher é uma 270.000 micro volts”! O outro: “E a minha que é uma 290.000”! E outro, que por coincidência se chama Ricardo e é grandão: “Mentira! Ela não passa de 260.000”! Já imaginaram o bode que vai dar? Ou a mulher, no segundo casamento, ouvindo a lamentação do novo marido: “Poxa, Ivone, com o Carlos você era uma 280.000 e comigo só uma 230.000”! E ela: “O que eu posso fazer, meu bem? Eu acho que a distribuição de energia depende muito dos postes”! E a viúva próxima dos cinqüenta ao entrar no motel com o coroa: “Olha, você vai me desculpar! Quando eu era jovem, eu era uma 280.000, mas hoje acho que não passo de 190.000”! E ele: “Não tem problema, minha querida, e eu que nem sei se a minha lanterna vai acender”! Eu acho que os cientistas americanos e a sexóloga sergipana não têm idéia da confusão que arrumaram ao fazerem esta revelação! Pelo jeito, nunca mais a relação homem/mulher será a mesma!

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