Faz algum tempo, eu acompanhei uma entrevista de uma moça chamada Alessa Migani, que estava lançando uma linha de calcinhas com imagens e frases interessantes. Alessa, que é publicitária e designer, disse que com isso pretendia fazer do corpo feminino um display, pois ela acredita que usando as calcinhas as pessoas se divertem. Bom, eu particularmente acho que elas se divertem mais quando tiram a calcinha, mas cada um tem sua própria opinião. Ela apresentou um desfile com lindas modelos para mostrar suas criações. A primeira que entrou tinha uma imagem de Santo Antônio bem encima da... da... como direi, do “santuário”. Partindo dessa premissa, eu acho que algumas mulheres deveriam colocar a imagem de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. E com certeza as que tiverem muito a perigo o melhor seria colocar a imagem de Santo Expedito, que é o santo das causas urgentes. Tinha uma que, no lugar do Santo Antônio, tinha uma casquinha de sorvete de massa. Eu achei que a mulher que estiver usando uma calcinha dessas estará enviando uma mensagem bastante óbvia para o seu parceiro, né? Outra tinha desenhada uma placa, como se fosse um letreiro de néon, onde se lia Fast Food. Também está claro que a mulher que estiver usando essa estaria afim apenas de uma rapidinha. Dentro da mesma linha, apareceu uma onde se lia Self Service. Essa deixa a gente na dúvida se vai ter que se servir sozinho, sem nenhuma ajudinha, ou pior, se vai ter que comer à quilo (vejam bem que eu pus crase no “a”, porque “aquilo” é claro que vai se comer). Foi mostrada uma que eu achei bastante interessante, mas muito autoconfiante: tinha a imagem de uma latinha de fermento em pó Royal, com a clara alusão do poder do crescimento. Como ela não sabe a situação do parceiro, eu acho que teria sido melhor ter colocado o logotipo do Viagra pra evitar possíveis constrangimentos. Bastante sutil foi uma que tinha a imagem de uma carta de baralho naquele lugar já mencionado. Nada demais se a carta não fosse um Rei de Paus. E tinham algumas com frases como: “Obrigado pela preferência”, “Marca Registrada”, “Siga em frente”, etc. Eu acho que a senhorita Alessa poderia ampliar o seu negócio (agora estou me referindo ao negócio comercial mesmo) e criar calcinhas com frases específicas para determinadas situações. Por exemplo, se a mulher não teve tempo de se depilar, usaria uma com a frase: “Eu preservo a Mata Atlântica”. Se a mulher estiver naqueles dias: “Fechado pra balanço” (ou pro balanço). Se ela estiver brigada com parceiro: “Permitida a entrada apenas para pessoas autorizadas”. Se a mulher sair pra balada afim de qualquer coisa: “Aberto ao público em geral”. Se for uma masoquista ficaria bem a frase “Bata antes de entrar’. Mas acho que a frase que estaria mais bem colocada nos dias de hoje seria: “É proibida a entrada no recinto sem camisinha”.
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