Durante séculos tem-se discutido o sorriso enigmático de La Gioconda, ou a Mona Lisa, pintada pelo gênio Leonardo da Vinci. No entanto, outro dia, eu estava lendo que cientistas descobriram o motivo do famoso sorriso. Segundo os estudiosos (que eu acho que não tinham nada mais importante a fazer), La Gioconda ou estava grávida, ou tinha acabado de parir.
Eu confesso que, durante muito tempo, eu achei que aquele sorriso maroto era porque o Leonardo “dá vinte”! Acontece que outros estudiosos garantem que o Leonardo dava outra coisa. Também isso não importa, porque cada um dá o que quiser e ninguém tem nada com isso.
E falando em dar, segundo a história oficial, o poderio imenso da Igreja Católica, na Idade Média, foi dado (de mão-beijada), através do Testamento de Constantino ao Papa Silvestre I. O tal testamento foi apresentado para Pepino, o Breve (não sei se é verdade que ele tinha ejaculação precoce), que, talvez por sua brevidade, não questionou muito a questão. O testamento de Constantino deixava todos seus pertences e o domínio de toda a extensão do Império Romano nas mãos dos Papas. Conforme eu já disse, cada um dá o que quiser e Constantino deu tudo que tinha e que não tinha.
Porém, em 1440, Lorenzo Valla, escritor, humanista, retórico e educador italiano, desmascarou a Doação de Constantino provando que eram documentos falsos, mas aí a “Vacum Brejorum Est”.
E vamos em frente.
Você também já ouviu falar que Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante. Alguns historiadores escreveram que o motivo da revolta de Lutero foi por não ter conseguido a autorização do papa para se casar com uma freira pela qual estava apaixonado.
Isso é papa furado, aliás, papo furado.
Lutero ficou indignado com a revelação do padre Valla que provou que a última monarquia absolutista da Europa obteve a maior parte de seu poder através da mentira e da trapaça. Essa revelação foi o estopim para que Martinho Lutero se desligasse da Igreja, começando, assim, a Reforma Protestante. O resto é História.
E o que é a História senão algo inventado por antigos historiadores, para oferecer aos historiadores contemporâneos a oportunidade de contar novas versões sobre velhas histórias?
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